Em 31 de outubro de 2014, o Spaceshiptwo, a nave espacial suborbital da Virgin Galactic, sofreu um acidente durante um teste de voo, resultando na morte do co-piloto Michael Alsbury e ferimentos graves no piloto Peter Siebold. O acidente ocorreu minutos após a aeronave ter sido lançada, quando o sistema de frenagem foi acionado prematuramente, causando a desintegração da nave e a queda em pleno deserto de Mojave, Califórnia. O acidente foi um choque para a comunidade de turismo espacial e trouxe à tona questões de segurança e regulamentação para o setor.

A Virgin Galactic pretendia revolucionar o turismo espacial, tornando-o acessível a pessoas comuns, oferecendo voos suborbitais para um público que corajosamente pagava até US$ 250.000 por assento. O Spaceshiptwo foi projetado para ser um veículo reutilizável, sendo lançado a partir de um avião e alcançando altitudes de cerca de 100 km acima do nível do mar, onde os passageiros poderiam experimentar a ausência de gravidade e a visão da Terra do espaço.

Após o acidente do Spaceshiptwo, a Virgin Galactic suspendeu seus voos e iniciou uma investigação interna para determinar as causas do acidente. Em uma coletiva de imprensa, o fundador e CEO da Virgin Galactic, Sir Richard Branson, afirmou que a empresa iria continuar sua missão de tornar o turismo espacial uma realidade, apesar do desastre. A Agência Nacional de Segurança no Transporte dos Estados Unidos (NTSB) iniciou uma investigação oficial sobre o acidente, que foi concluída em 2015. O relatório apontou a falha humana como a principal causa do acidente, com Alsbury acionando o sistema de frenagem demasiadamente cedo.

O acidente do Spaceshiptwo teve um impacto significativo no turismo espacial, com muitos questionando a segurança e a regulamentação do setor. Após o desastre, várias empresas que planejavam oferecer voos suborbitais também suspenderam seus planos. Ainda assim, a Virgin Galactic permaneceu comprometida com seus objetivos de longo prazo e, em 2018, realizou seu primeiro voo de teste bem-sucedido desde o acidente em 2014. A empresa agora está em processo de certificação de voo pela Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) e espera retomar seus voos suborbitais em breve.

Em resumo, o acidente do Spaceshiptwo foi uma tragédia que abalou o mundo do turismo espacial e levantou questões importantes sobre segurança e regulamentação. No entanto, a Virgin Galactic e outras empresas do setor estão trabalhando duro para garantir que o turismo espacial seja seguro e acessível para todos os interessados. Com a certificação do voo da FAA em andamento, o futuro do turismo espacial parece promissor e emocionante.