O Teste de Iowa Gambling (IGT) é um tipo de teste de avaliação psicológica projetado para medir a tomada de decisões em uma situação de risco. Ele foi introduzido inicialmente em 1994 por Antoine Bechara, Daniel Tranel e Hanna Damasio da Universidade de Iowa e é considerado uma das ferramentas mais eficazes para avaliação de jogos de azar.

O teste é uma simulação de jogo de cartas feita em duas partes. Na primeira parte, o jogador deve escolher entre quatro baralhos de cartas, com cada baralho representando um nível de risco diferente. O jogador é informado de que, em cada baralho, algumas cartas são beneficiárias, enquanto outras são perdedoras. O objetivo do jogador é maximizar seus ganhos escolhendo o baralho que oferece o maior retorno a longo prazo.

Na segunda parte do teste, o jogador deve escolher cartas aleatórias de um baralho selecionado. Durante esta parte do teste, a emoção e a ansiedade do jogador são monitoradas para determinar o quanto ele é capaz de controlar suas emoções em situações de risco.

Este teste tem ganhado destaque na psicologia e nas pesquisas que visam compreender a decisão humana em situações de risco. Além disso, o IGT tem sido usado em estudos de doenças neurológicas, como a doença de Parkinson, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e esquizofrenia.

Em um estudo realizado com 26 pacientes parkinsonianos, foi constatado que aqueles com maior gravidade da doença apresentaram um desempenho pior no IGT. Isso sugere que o IGT pode ser uma ferramenta eficaz para avaliar a capacidade funcional de pacientes com doenças neurológicas.

Embora esses resultados sejam promissores, é importante lembrar que o IGT não é uma ferramenta perfeita para avaliar a tomada de decisões em situações de risco. No entanto, é uma avaliação válida, confiável e eficaz que tem sido amplamente utilizada em pesquisa científica e clínica.

Em resumo, o Teste de Iowa Gambling é uma ferramenta importante para avaliar a capacidade de um indivíduo em tomar decisões em situações de risco. Embora não seja perfeito, tem sido usado em pesquisa científica e clínica para avaliar a capacidade funcional de pacientes com doenças neurológicas, bem como para melhorar a compreensão da tomada de decisões em ambientes de risco.